LUZ NO DRAGÃO, SOMBRAS NA SEGUNDA CIRCULAR

Os três grandes jogaram este fim-de-semana, e a avaliar pelas respectivas prestações bem se pode dizer que a hierarquia da temporada passada se mantém, para já, inalterada.
Um F.C.Porto bastante desfalcado dizimou um Boavista em fase de transição, e mostrou que a alma e o espírito de campeão ainda moram no Dragão. A equipa de Jesualdo já havia vencido o torneio em Itália, e antes derrotara o Mónaco, pelo que motivos de confiança não lhe faltam nesta pré-época, onde acabou por segurar Quaresma, e poderá também ainda manter Lucho Gonzalez no seu luxuoso plantel.
Já o Sporting tem tido até agora um comportamento algo oscilante. Se frente ao Lille parecera já ter encontrado o caminho dos golos e das vitórias, a exibição deste sábado diante do Recreativo de Hueva deixou muito a desejar sob quase todos os pontos de vista. É verdade que Moutinho e Veloso vieram mais tarde, os laterais só agora estão a chegar, e têm ocorrido algumas lesões – coisa com que o Sporting não tem sido muito fustigado. Mas é um facto evidente que Paulo Bento terá muito mais trabalho este verão do que teve em igual período da época transacta, em que, com poucas alterações na estrutura base, pôde preparar, com “tranquilidade”, uma equipa à sua imagem.
O Benfica também decepcionou. Jogando frente ao campeão africano, os encarnados foram lentos, inofensivos e desconcentrados. O calor pode ter sido uma atenuante, mas ficaram à vista bem desarmada as gritantes carências que o plantel encarnado ainda encerra, agora dramaticamente acentuadas pela saída do seu capitão e mais influente jogador. O torneio do Guadiana poderá ser a altura para aferir em que condições o Benfica enfrentará a pré-eliminatória da Champions League, que recorde-se, terá a sua primeira mão já daqui a duas semanas

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