NÚMEROS E NOMES

Pode ver aqui as listas definitivas de convocados de todas as selecções.

UM OLHAR SOBRE O ONZE DAS QUINAS

Alguns dos problemas e preocupações em torno das capacidades da selecção nacional já ficaram abaixo expressos. Olhemos agora de uma forma mais sistematizada e global as possibilidades que se deparam ao seleccionador nacional, por forma a construir um onze com o nível de competitividade que se espera de um vice-campeão da Europa.
Partindo do princípio que a solução base não fugirá do 4-2-3-1 a que Felipão nos habituou, e que melhor favorece as nossas mais fortes armas, a panorâmica de opções é, mais coisa menos coisa, a que se segue:

Começam desde logo na baliza as dúvidas quanto à titularidade.
Até aqui Ricardo tem sido rei e senhor do lugar, mas uma última época bastante mal conseguida – que o fez terminar no banco de suplentes do Bétis – parece poder lançar Quim na rota da baliza nacional, até porque o benfiquista, pelo contrário, terá realizado uma das suas melhores temporadas de sempre.
No meu ponto de vista, e seguramente no da maioria dos portugueses – benfiquistas ou não – Quim justificaria em absoluto a titularidade. Sabe-se todavia como Scolari é habitualmente conservador nas suas opções, e também não seria justo esquecer aquilo que Ricardo fez no Europeu 2004 e no Mundial 2006, nos quais, recorde-se, a sua escolha também foi altamente questionada.
O montijense parece assim na pole-position, embora não seja de descartar uma surpresa de última hora.
Rui Patrício está na convocatória fundamentalmente para aprender, ganhar confiança e preparar o futuro.

A linha defensiva de Portugal sofre o pecado original da falta de um lateral-esquerdo de qualidade. Caneira foi, mal ou bem, descartado, Jorge Ribeiro, para além de alguma inexperiência internacional, fez toda a época como centro-campista, restando Paulo Ferreira, que todavia não passa de uma adaptação nem sempre feliz. Não sei honestamente como tem decorrido a carreira de Nuno Valente no Everton, nem se o seu afastamento terá sido apenas desportivo. Seja como for, não foi convocado e não entra nas contas.
O sector esquerdo na defesa nacional é pois um problema que pode ser disfarçado, mas dificilmente será resolvido nesta competição, e até nos tempos mais proximos.
Do lado direito, pelo contrário, a abundância em quantidade e qualidade deixa-nos a todos descansados. Com a deslocação de Paulo Ferreira para a esquerda, a discussão na ala direita ficará por conta de Bosingwa e Miguel. Enquanto o primeiro emerge como um dos nomes mais fortes do momento, vem de uma excelente época e acaba de ser transferido para o Chelsea por valores milionários, o segundo, mais por culpa própria do que alheia, parece ter entrado precocemente numa trajectória descendente que o terá inclusivamente deixado à beira da não convocação. Bosingwa deve pois ser o dono do lugar, e se estiver bem fisicamente pode até ser uma das figuras do Europeu.
No centro da defesa também há muito por onde escolher. Se o duo Pepe-Ricardo Carvalho parece talhado para assegurar o futuro próximo da selecção nacional, face esta competição em particular, escasseiam ainda minutos de experiência e entendimento entre ambos. Por esse motivo Scolari poderá surpreender deixando um deles (necessariamente Pepe) de fora do onze, dando assim entrada a Fernando Meira, e reeditando a dupla do Mundial da Alemanha, que tão boa conta deu do recado.
Dupla rotinada no F.C.Porto da época passada, é também a de Pepe com Bruno Alves. Em caso de impossibilidade de Ricardo Carvalho por castigo ou lesão, esta poderia ser uma alternativa forte e capaz.
É bom perceber que qualquer dos centrais convocados (e ainda há Miguel Veloso) tem totais condições de preencher os lugares com segurança e eficácia.

Na constituição do trio de meio-campo situam-se grande parte das dúvidas dos observadores e adeptos. Aparentemente terminada a era Costinha e Maniche na equipa nacional, Scolari não encontrou ainda uma alternativa capaz de fazer esquecer o trio mágico que tantas alegrias deu ao F.C.Porto e à selecção nacional. Deco continua por lá, mas muito longe do fulgor de outros tempos – ainda que o facto de ter passado grande parte da época inactivo possa permitir-lhe bons índices físicos neste mês de Junho. Petit, outrora na sombra de Costinha, e tendo agora o caminho aberto, apresenta-se na sua pior forma desde que, ainda com António Oliveira, chegou à equipa das quinas. Ainda assim, parecem ser estes os que mais seguros podem estar no onze base, embora ao longo da competição possa haver lugar a alterações, nomeadamente com a entrada de Miguel Veloso (ou mesmo Meira) caso Petit exiba a mesma precariedade atlética com que terminou a época no Benfica.
Com o número “seis” e o número “dez” ao que tudo indica, e por agora, entregues, a competição pela camisola “oito” concentra grande parte das dúvidas. Creio que João Moutinho, com capacidade de preencher e cobrir qualquer um dos lugares do meio-campo, poderá ser a melhor alternativa, ainda que os mais de cinquenta jogos efectuados durante a temporada se possam reflectir no seu estado físico. O seu grande concorrente será Raul Meireles, pulmão do F.C.Porto, senhor de uma excelente meia-distância e dotado de capacidade de choque quanto baste. Com mais uns centímetros que o jovem leão, o médio portista pode ainda tirar alguma vantagem no apoio aos centrais e nos lances de bola parada.
No caso de qualquer impossibilidade de Deco, Simão Sabrosa pode ainda constituir uma opção como médio ofensivo.

Se nas alas reside o ponto forte da nossa selecção, no centro do ataque a falta de Pauleta ainda não foi devidamente colmatada. À semelhança do que se passou com Petit – antes tapado por Costinha, agora em muito má forma -, também o seu amigo Nuno Gomes, depois de alguns anos a comer as migalhas deixadas por Pauleta, e tendo agora o lugar à sua disposição, insiste em deixar muitas dúvidas quanto à sua capacidade física e eficácia concretizadora, algo a que um ponta-de-lança não pode voltar as costas.
Até parece impossível mas o avançado do Benfica é o quarto melhor marcador de sempre da selecção nacional, à frente de Fernando Gomes, Nené, João Vieira Pinto, Futre, Peyroteo, Matateu, José Torres, José Águas, Jordão, Manuel Fernandes e muitos outros, e se olharmos ao tempo de utilização estará até mais bem colocado na lista. Tem alimentado uma interessante tradição de aparecer muito bem nas grandes competições, tendo marcado no Euro 2000 (onde acabou por ser uma das figuras da prova), no Euro 2004 e no Mundial 2006, apesar de não ser dado como titular no início de nenhuma dessas competições.
Juntando este factor histórico, a sua experiência, as características técnicas que fazem dele o avançado ideal para abrir espaços à concretização dos extremos, e alguma capacidade de liderança que lhe poderá valer a braçadeira de capitão de equipa, talvez tenhamos argumentos suficientes para contrabalançar as dúvidas que as suas últimas temporadas nos deixaram.
Hugo Almeida tem a seu favor o poder físico, que poderá ser útil em determinadas fases dos jogos, mas não parece suficientemente móvel e rápido para o tipo de jogo colectivo que se espera da selecção portuguesa, para além de alguma carência de experiência internacional de relevo. Por seu lado, Hélder Postiga, jogador fetiche de Scolari, parte aparentemente em terceiro lugar nas opções para o onze. Mais do que uma alternativa táctica, o avançado emprestado ao Panathinaikos poderá ser o suporte para um eventual impedimento de Nuno Gomes, de características idênticas mas, como vimos, com mais peso na equipa.
Talvez a alternativa mais válida ao lugar de Nuno Gomes venha até de uma das alas. Cristiano Ronaldo, para quem tem seguido com atenção os jogos no seu clube, está hoje muito longe de se tratar de um extremo clássico, sendo muito mais um avançado móvel, com grande veia concretizadora – é “bota de ouro” e foi melhor marcador em todas as competições -, que aparece muitas vezes em plena área à espera do último passe dos colegas para desferir os seus mortíferos golpes. Em muitas das partidas do Manchester, viam-se Nani, Giggs, Park e mesmo Rooney actuar pelas bandas, e Ronaldo claramente como segundo ponta-de-lança, a jogar preferencialmente pelo meio, e a aparecer de forma letal em zonas de concretização. É claro que o Manchester joga num sistema completamente diferente, tem Tevez, Saha, Giggs e o mesmo Rooney, o que permite a Ronaldo outro tipo de aproveitamento. Na verdade, na selecção Ronaldo tem sido, a partir das alas, a principal fonte alimentadora do ataque luso. Mas, mesmo tendo dúvidas sobre onde poderá ele render mais, tenho para mim que o melhor ponta-de-lança português é claramente Cristiano Ronaldo.
A opção pelo “bota de ouro” teria o condão de permitir a integração de mais um dos nossos fantásticos alas. Com o madeirense num dos corredores, sobraria apenas uma vaga para ser discutida por Simão Sabrosa, Nani e Ricardo Quaresma. Com a sua deslocação para o centro do ataque, dois elementos deste último trio veriam assim abrir-se as portas da titularidade, elevando assim o padrão técnico global do onze português.Com Ronaldo no meio, não tenho dúvidas que a opção para as alas deveria incidir em Simão e Nani, elementos capazes de fechar em 4-4-2 nos momentos defensivos, e de permitir um desdobramento táctico mais elaborado nas transições defensivas e ofensivas. Com inclusão de Nuno Gomes, terei algumas dúvidas entre Simão e Nani, sobre qual dos dois deverá actuar pela ala contrária à de Ronaldo, sendo este, obviamente, indiscutível.Quaresma parece fadado para entrar a meio das segundas partes, ou mesmo no intervalo, sobretudo caso seja preciso recuperar resultados, ou se torne necessário dar descanso a Cristiano Ronaldo. Sendo um jogador algo selvagem tacticamente, e tendo em atenção que Ronaldo terá necessariamente de dispor de alguma liberdade, exige-se alguém que no outro flanco mostre capacidade recuperadora e rigor posicional, e nesta medida Simão ou Nani oferecem mais garantias. Olhando à época de um e de outro, até apostaria mais no ex-sportinguista, que talvez até tivesse possibilidade de vir a ser uma das principais revelações de toda a prova. Mas creio que neste aspecto Scolari irá seguir uma via mais conservadora e deverá atribuir a titularidade a Simão, até porque se trata de um dos capitães de equipa.

UMA MÃO CHEIA DE INQUIETAÇÕES

PROBLEMA Nº 1 – Falta de rotinas do meio-campo
Ao contrário do Euro 2004 e do Mundial 2006, Portugal não pode mais contar com o trio Costinha-Maniche-Deco, herdado de José Mourinho, que jogava de olhos fechados, e garantia recuperação, posse de bola, segurança defensiva, transições rápidas, rigor táctico, meia-distância, criatividade e golos.
A agravar este problema, a má forma de Petit e Deco não deixa de criar algum embaraço na hora de avaliar o potencial actual do meio-campo português.
PROBLEMA Nº 2 – Falta de um grande ponta-de-lança
Pauleta nunca foi dos melhores jogadores do mundo, mas era um avançado experiente e eficaz. A péssima forma de Nuno Gomes ao longo da temporada, a crónica irregularidade de Hélder Postiga e a lentidão de Hugo Almeida, deixam no ar muitas interrogações acerca da sucessão do açoreano.
PROBLEMA Nº 3 – Falta de um bom lateral esquerdo de raiz
Paulo Ferreira é uma adaptação, e ele próprio reconhece as suas limitações sempre que é deslocado para o lado esquerdo. Jorge Ribeiro não tem qualquer experiência internacional, além de ter feito toda a época – a sua melhor de sempre – como médio ofensivo. E, na ausência de Caneira, não há mais ninguém.
PROBLEMA Nº 4 – Falta de rotinas dos centrais
Pepe e Ricardo Carvalho, os dois nomes mais fortes para o centro da defesa, jogaram juntos apenas uma vez em toda a carreira – e ainda por cima perderam (com a Grécia 2-1). Uma dupla Pepe-Bruno Alves, ou Ricardo Carvalho-Meira poderia solucionar esta questão. A ver vamos se, à semelhança do que aconteceu após a primeira jornada do Euro 2004, Scolari não será de novo obrigado a fazer rolar uma daquelas duas cabeças.
PROBLEMA Nº 5Falta de liderança em campo
Scolari não se tem cansado de expressar publicamente a sua preocupação face a este aspecto. Figo, Rui Costa, Fernando Couto, Costinha e Pauleta já não estão presentes. Ronaldo ainda é demasiado jovem. Ricardo Carvalho é demasiado tímido. Ricardo é demasiado instável. Nuno Gomes possivelmente nem será titular. Imaginemos uma situação como a do Portugal-Holanda do último mundial: será que este grupo estaria em condições de resistir à pressão de um desafio com aquelas características ?

CANDIDATO...MAS POUCO

Finalista em 2004, semi-finalista no Mundial 2006, a selecção nacional apresenta-se neste Europeu com legítimas e naturais aspirações a um bom desempenho. O sorteio foi-lhe aparentemente favorável - até à final, Portugal não encontrará seguramente França, Itália, Holanda nem Espanha – e, muito pelo seu passado recente, não há analista ou publicação que não respeite a equipa de Scolari sempre que se fala em favoritismos.
Um Portugal ao nível do dos últimos quatro anos teria sem dúvida francas condições de, pelo menos, repetir os resultados dessas duas últimas campanhas. Mas estará esta selecção portuguesa ao nível da que disputou Euro 2004 e Mundial 2006 ? A meu ver não está.
Em 2004 Portugal, jogando em casa perante um inolvidável apoio do povo português, tinha para além de Deco, Ronaldo, Simão, Petit ou Ricardo Carvalho, ainda Figo, Pauleta, Fernando Couto, Rui Costa, Jorge Andrade, Costinha, Nuno Valente e Maniche. Era um super-plantel que daria para duas selecções quase ao mesmo nível, e que juntava duas diferentes gerações, uma das quais ainda com muito para dar (Figo e Pauleta ainda seriam titulares dois anos depois), e outra em clara ascensão (Cristiano Ronaldo já jogava, brilhava e marcava). Foi talvez a melhor selecção portuguesa de sempre, e ainda tinha a vantagem de ter o seu onze base assente na espinha dorsal do grande F.C.Porto de Mourinho, campeão europeu semanas antes.
No Mundial da Alemanha Portugal repetiu, grosso modo, os bons resultados, mas já não evidenciou o mesmo nível exibicional. Soube sofrer com a Holanda, foi feliz com a Inglaterra, caiu claramente diante da França e depois da Alemanha. Ainda assim mantinha intacto o onze tipo, dispunha na frente de ataque do seu melhor goleador de todos os tempos (Pauleta), e na asa direita do meio-campo do líder, capitão, “bola de ouro”, e jogador mais internacional de sempre do futebol português (Luís Figo).
A equipa portuguesa que estará na Suiça já pouco tem a ver com aquelas duas, mais de metade dos jogadores convocados não estiveram naquelas épicas competições e, sobretudo ao nível da sua estrutura base, a equipa sofreu fortes alterações: o meio-campo de Mourinho já não existe, a dupla de centrais será pouco menos que estreante, goleador não há, lateral esquerdo também não, e liderança nem por isso.
No meio de tudo isto resta contudo uma ilusão, ou uma esperança se assim quisermos antes chamar-lhe. O seu nome é Cristiano Ronaldo, é o melhor jogador do mundo da actualidade, e caso mantenha no Europeu os índices físicos que apresentou ao longo da temporada, justificará por si só à equipa de Scolari o rótulo de candidata. É nele que reside a esperança dos portugueses, é ele que pode fazer a diferença, é dele que pode partir o grito de vitória. Ronaldo é pois a peça chave das aspirações nacionais, e da sua performance dependerá em larga medida aquilo que Portugal possa trazer deste Europeu.
Na verdade, assumamo-lo, Portugal sem Cristiano Ronaldo seria uma equipa banal, e possivelmente nem sequer se teria qualificado – o madeirense, mesmo sem deslumbrar, rendeu um terço do total de golos da equipa nacional na fase de apuramento -, mas também sem Eusébio o Portugal de 1966 nada teria feito, sem Pele o Brasil não era penta-campeão do mundo, sem Maradona a Argentina não teria vencido o México 86, etc, etc. Por detrás de uma selecção campeã está normalmente sempre uma grande estrela, e isso, como se vê, é coisa que não falta à nossa equipa. Cristiano Ronaldo é português, joga na nossa selecção e faz parte dela, não tendo nós qualquer culpa disso.
É portanto conveniente que tanto os adeptos como, principalmente, os jogadores, tenham bem presente que aquilo que foi feito em 2004 e 2006 faz parte da história, e as condições de agora, como vimos, não são comparáveis às de então. Haverá necessidade de adoptar uma postura de humildade, que começa justamente por pensar, para já, somente e apenas em passar a primeira fase. Ao longo da prova se verá até onde pode chegar este Portugal, mas para chegar onde quer que seja, primeiro há que ultrapassar República Checa, Turquia e Suiça, ou pelo menos dois deles.
E não serão estes adversários ao nosso alcance ? Com certeza que são, como o eram também a Coreia, os Estados Unidos e a Polónia no Mundial 2002, quando Portugal era também apontado como um dos favoritos, e como o era também a Grécia, nosso verdugo no Europeu disputado em Portugal. A facilidade ou dificuldade deste ou daquele adversário mede-se, antes de mais, na forma como a selecção nacional for capaz de interiorizar as suas forças e fraquezas, e em campo melhor partido tirar de umas, e melhor conseguir disfarçar outras. O pior que pode acontecer é pensar de antemão em facilidades, que numa competição com estas características são altamente improváveis.
Estou em crer que Luiz Felipe Scolari, pelas provas que já deu em momentos de grande pressão, será capaz de fazer o grupo perceber aquilo que é, por agora, importante. Se assim acontecer, se Cristiano Ronaldo não desiludir, Portugal estará seguramente nos quartos-de-final. A partir daí, que seja a Nª Srª do Caravaggio a ditar as leis...

EURO 2008 : Apresentação das equipas

VEDETA DA BOLA abre hoje as portas do Euro 2008.
Ainda que qualquer eventual acontecimento fora do âmbito desta competição - nomeadamente relacionado com o mercado de transferências - possa merecer na altura o destaque devido, desde hoje até ao fim do próximo mês de Junho este espaço será fundamentalmente dedicado ao Campeonato da Europa.
A selecção portuguesa vai ser naturalmente o centro das nossas atenções, e como tal será objecto de análise pormenorizada ao longo dos próximos dias. Para já, julgo ser oportuno apresentar um breve olhar sobre todas as selecções presentes, avaliando também as possibilidades de cada uma em termos de apuramento para os quartos-de-final.
Apresentando todos os onze base prováveis que, depois de alguma pesquisa, foi possível identificar, proponho também aquele que me parece ser o onze com que Portugal deve iniciar a competição, e que certamente - como qualquer outro que aqui propusesse - não irá ser consensual.
GRUPO A

PORTUGAL ONZE PROVÁVEL: Quim, Bosingwa, Pepe, Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira, Petit, João Moutinho, Deco, Cristiano Ronaldo, Nuno Gomes e Nani
ESTRELA: Cristiano Ronaldo (Manchester United)
SISTEMA TÁCTICO: 4-2-3-1
HIPÓTESES DE APURAMENTO: 70%

REPÚBLICA CHECA

ONZE PROVÁVEL: Petr Cech, Ujfalusi, Rozehnal, Grygera, Jankulovski, Galasek, Plasil, Jarolim, Polak, Koller e Baros

ESTRELA: Petr Cech (Chelsea)

SISTEMA TÁCTICO: 4-4-2

HIPÓTESES DE APURAMENTO: 50%

SUIÇA ONZE PROVÁVEL: Diego Benaglio, Degen, Senderos, Djourou, Magnin, Inler, Gelson Fernandes, Vonlanthen, Yakin, Frei e Streller

ESTRELA: Philippe Senderos (Arsenal)

SISTEMA TÁCTICO: 4-4-2

HIPÓTESES DE APURAMENTO: 40%

TURQUIA

ONZE PROVÁVEL: Rustu, Kas, Zan, Asik, Balta, Mehmet Aurélio, Altintop, Turan, Emre, Nihat, Tuncay

ESTRELA: Nihat Kahveci (Villareal)

SISTEMA TÁCTICO: 4-4-2

HIPÓTESE DE APURAMENTO: 40%

GRUPO B

ALEMANHA

ONZE PROVÁVEL: Lehmann, Jansen, Metzelder, Mertesacker, Lahm, Borowski, Frings, Schweinsteigger, Ballack, Klose e Kuranyi

ESTRELA: Michael Ballack (Chelsea)

SISTEMA TÁCTICO: 4-4-2

HIPÓTESES DE APURAMENTO: 80%

CROÁCIA

ONZE PROVÁVEL: Pletikosa, Corluka, Simic, Robert Kovac, Simunic, Srna, Modric, Niko Kovac, Kranjcar, Olic e Klasnic

ESTRELA: Niko Kranjcar (Portsmouth)

SISTEMA TÁCTICO: 4-4-2

HIPÓTESES DE APURAMENTO: 50%

POLÓNIA ONZE PROVÁVEL: Boruc, Bak, Jop, Wasilewski, Zewlakow, Lewandowski, Dudka, Blasczikowski, Krzynovek, Smolarek e Zurawski

ESTRELA: Eusebiusz Smolarek (Racing Santander)

SISTEMA TÁCTICO: 4-4-2

HIPÓTESES DE APURAMENTO: 40%


AUSTRIA ONZE PROVÁVEL: Manninger, Prodl, Stranzl, Pogatetz, Garics, Standfest, Aufhauser, Steigler, Ivanschitz, Roland Linz e Kulijc

ESTRELA: Andreas Ivanschitz (Panathinaikos)

SISTEMA TÁCTICO: 4-4-2

HIPÓTESES DE APURAMENTO: 30%

GRUPO C

ITÁLIA ONZE PROVÁVEL: Buffon, Panucci, Cannavaro, Materazzi, Zambrotta, Andrea Pirlo, Gattuso, De Rossi, Camoranesi, Luca Toni e Di Natale

ESTRELA: Andrea Pirlo (Milan)
SISTEMA TÁCTICO: 4-3-3
HIPÓTESES DE APURAMENTO: 60%

FRANÇA

ONZE PROVÁVEL: Coupet, Diarra, Thuram, Gallas, Abidal, Patrick Vieira, Toulalan, Ribery, Malouda, Thierry Henry e Benzema

ESTRELA: Frank Ribery (Bayern de Munique)

SISTEMA TÁCTICO: 4-4-2

HIPÓTESES DE APURAMENTO: 60%

HOLANDA ONZE PROVÁVEL: Van der Sar, Heitinga, Ooijer, Mathijssen, Bouma, De Zeew, Snejder, Van Bronckhorst, Van derVaart, Van Nistelrooy e Huntelaar

ESTRELA: Ruud Van Nistelrooy (Real Madrid)

SISTEMA TÁCTICO: 4-4-2

HIPÓTESES DE APURAMENTO: 50%

ROMÉNIA

ONZE PROVÁVEL: Lobont, Contra, Tamas, Goian, Rat, Chivu, Codreas, Petre, Nicolita, Mutu e Marica

ESTRELA: Adrian Mutu (Fiorentina)

SISTEMA TÁCTICO: 4-4-2

HIPÓTESES DE APURAMENTO: 30%

GRUPO D

ESPANHAONZE PROVÁVEL: Iker Casillas, Sérgio Ramos, Puyol, Marchena, Capdevilla, Marcos Senna, Cesc Fabregas, Xavi, Iniesta, Fernando Torres e David Silva

ESTRELA: Fernando Torres (Liverpool)

SISTEMA TÁCTICO: 4-3-3

HIPÓTESES DE APURAMENTO: 60%

GRÉCIA

ONZE PROVÁVEL: Nikopolidis, Seitaridis, Kyrgiakos, Dellas, Torosidis, Basinas, Katsouranis, Giannakopoulos, Karagounis, Charisteas e Gekas

ESTRELA: Giorgos Karagounis (Panathinaikos)

SISTEMA TÁCTICO: 4-4-2

HIPÓTESES DE APURAMENTO: 50%

SUÉCIA ONZE PROVÁVEL: Isaksson, Nilsson, Mellbeg, Majstorovic, Hansson, Wilhelmson, Kallstrom, Svensson, Ljungberg, Ibrahimovic e Elmander

ESTRELA: Zlotan Ibrahimovic (Inter de Milão)

SISTEMA TÁCTICO: 4-4-2

HIPÓTESES DE APURAMENTO: 40%

RÚSSIAONZE PROVÁVEL: Akinfeev, Vasili Berezutski, Ignashevitch, Alexei Berezutski, Semshov, Zyrianov, Bilyaletdinov, Zirkov, Arshavin, Pavlyuchenko e Pogrebnyak

ESTRELA: Andrei Arshavin (Zenit São Petersburgo)

SISTEMA TÁCTICO: 3-5-2

HIPÓTESES DE APURAMENTO: 50%

O PASSO SEGUINTE

Encerrado, e penso que bem, o dossier treinador, a actualidade benfiquista volta-se agora para a construção de um plantel competitivo, capaz de iniciar o trajecto de recuperação desportiva de que o clube carece.
Muitos nomes têm sido veiculados. Nalguns casos a contratação dependerá apenas da palavra final de Quique Flores, outros exigirão um esforço de mercado por parte da SAD benfiquista, outros ainda não passarão seguramente de especulação jornalística. Analisemos um por um todos os nomes referidos pela comunicação social.

Defesas:

JOÃO PEREIRA (Sp.Braga) - A concorrência do F.C.Porto é de peso, e a verba pretendida pelos bracarenses não será baixa – fala-se de três a quatro milhões de euros. No meu ponto de vista seria uma excelente solução para o lado direito da defesa, tendo ainda a vantagem de poder ocupar terrenos mais adiantados. Não é atleticamente muito forte, mas compensa bem com fibra competitiva e elevada capacidade técnica. Até hoje não entendi porque foi dispensado. É melhor que qualquer um dos laterais direitos do Benfica.

GEROMEL (V.Guimarães) - Foi uma das revelações do campeonato. É um central de fino recorte, com bom jogo aéreo, tendo sido uma das estrelas da surpreendente equipa de Cajuda. O facto do V.Guimarães se ter qualificado para a Liga dos Campeões não facilita a sua saída. Além disso há clubes de outros países bastante interessados. Seria uma grande aquisição.

THIAGO SILVA (Fluminense) - Acaba de ser convocado pela primeira vez para a selecção brasileira, tendo-se revelado ultimamente como o esteio do centro da defesa do Fluminense, semi-finalista (para já) da Copa Libertadores. Passou por Portugal, mas foi só no regresso ao seu país que cresceu como futebolista. As referências que tenho são óptimas, e os apontamentos que vi nos jogos da Libertadores fazem supor estar-se na presença de um extraordinário central. Dificilmente o Benfica terá argumentos financeiros para o contratar.

MARCO CANEIRA (Valência) – Quique Flores aprecia as suas qualidades, que são por demais conhecidas em Portugal. Já jogou no Benfica e no Sporting, e em qualquer dos clubes mostrou qualidade técnica, versatilidade, disciplina táctica e regularidade competitiva, características que fariam dele um extraordinário reforço. Não fossem os problemas levantados sobre os prémios de jogo, e o facto de ser representado por Paulo Barbosa, seria certamente titular da selecção nacional no Euro 2008. O seu empresário pode aliás ser o principal obstáculo a uma transferência para a Luz, até porque o Sporting também está na corrida, tendo Paulo Bento já manifestado publicamente grande interesse no jogador.

JOSÉ CASTRO (Atl. Madrid) – Até hoje não se sabe muito bem quais foram realmente os contornos do negócio Simão Sabrosa. Na altura falou-se de 20 milhões mais dois jogadores. A verdade é que eles nunca chegaram, e ultimamente até li que os espanhóis afinal apenas teriam pago 17 milhões.
Se o Benfica tem efectivamente direitos sobre a lista de dispensas do Atlético, o ex central da Académica, até por ser português, poderia e deveria ser um dos eleitos. É jovem, tem ainda alguma margem de progressão, e boas condições físicas e técnicas para se tornar uma referência de futuro.

RICARDO ROCHA (Tottenham) – Se pudesse escolher livremente de entre todos estes defesas, pelo seu passado no clube, pelo seu temperamento, pelas suas capacidades técnicas e físicas, pela sua polivalência – tal como Caneira pode fazer qualquer dos quatro lugares da defesa -, Ricardo seria o eleito. É um dos vários jogadores que nunca deveria ter saído do clube, e tinha hoje condições para ser capitão de equipa. Não creio que o Tottenham o liberte facilmente, mas se houver uma hipótese que seja, o Benfica não deve hesitar.

JORGE RIBEIRO (Boavista) - É um jogador livre, e a sua contratação estará apenas dependente do parecer de Quique Flores. É jogador de selecção e como tal uma boa opção. Poderá ser o sucessor de Léo, ou então ser utilizado como médio ala, tal como vinha sendo no Boavista. À semelhança de João Pereira foi formado na casa, o que não é um pormenor totalmente irrelevante.


Médios:

ALBELDA (Valência) – Embora seja pretendido em Inglaterra, o seu bom relacionamento com Quique pode fazê-lo chegar-se à Luz. É um trinco experiente, internacional espanhol, mas honestamente não sei como se encontra em termos físicos, uma vez que já é trintão e perdeu espaço no plantel do Valência. Se se tratasse do Albelda de há dois ou três anos seria óptimo. Neste momento não sei, embora acredite que Quique o saberá.

CARLOS MARTINS (Rec.Huelva) – Podia muito bem ser o cabeça de cartaz das contratações benfiquistas para a próxima época. Ficou à porta do Euro 2008, mas número dez como ele, nascido em Portugal, não vejo nenhum. Os seus tradicionais problemas físicos parecem debelados, e creio que o aspecto psicológico talvez possa, com o devido enquadramento, ser atenuado ou mesmo ultrapassado, até porque a idade lhe parece estar a fazer bem. Fez 32 jogos e marcou 7 golos na Liga Espanhola, contribuindo decididamente para a boa campanha da sua equipa, que alcançou o objectivo da manutenção. Tem o problema do preço (15 milhões de euros), mas caso a negociação consiga baixar as exigências do Recreativo, julgo tratar-se de uma fantástica opção. No seu melhor em termos físicos e mentais, tem talento para se tornar num dos melhores jogadores portugueses. À semelhança de Caneira, tem também o problema de ser representado por Paulo Barbosa, empresário com relações pouco amistosas na Luz.

HUGO VIANA (Osasuna) - Quando surgiu como titular no Sporting de Boloni parecia destinado a ser o sucessor de Rui Costa na selecção nacional. Na altura equiparava-se a Quaresma e Cristiano Ronaldo como um dos talentos maiores das escolas do clube de Alvalade, e até se lhe gabava a maior maturidade face aos colegas.
O que é certo é que, por motivos físicos ou psíquicos, não alcançou o nivel que prometia. Foi para Newcastle de onde voltou sem glória, e nos últimos anos tem mantido uma ligação com o Valência, embora a última época tenha sido passada no Osasuna. Tem uma capacidade técnica superior, uma visão de jogo bastante apurada, mas parece quase sempre pouco decidido, pouco arrojado, pouco combativo, e mesmo algo alheado da luta pelos lances. Quique conhecê-lo-á bem.
É mais provável que volte para o Sporting.

TIAGO (Juventus) – O preço do seu passe, e sobretudo o seu salário, são proibitivos para o Benfica. No entanto, caso existisse por exemplo uma hipótese de empréstimo, julgo que seria de avançar. Tal como Ricardo Rocha, Tiago conhece a casa, e o motivo da sua precipitada saída (José Veiga) já não impede o seu regresso. Pela forma como decorreu a sua passagem pelo Benfica, seria, para mim, a primeira opção de entre as altenativas em análise. Mas infelizmente o médio minhoto deverá reforçar o Atlético de Madrid ou o Tottenham.

TIAGO GOMES (E.Amadora) – Esteve para ser vendido para Espanha no mercado de Janeiro, e o fracasso do negócio mergulhou o Estrela nas dificuldades que se conhecem. Sendo Rui Costa e seu pai visitas habituais da Reboleira, e amigos pessoais do presidente do Estrela, suspeito que possa até já ter havido algumas conversas quanto ao futuro deste jogador. Trata-se de um jovem, de um dos melhores médios da Liga Bwin, e além do mais é um benfiquista formado nas escolas do clube da Luz. Embora não seja para já uma opção forte para a titularidade, julgo ser um jogador a contratar, até porque nem deve estar muito caro.

THIAGO NEVES (Fluminense) – É uma das grandes estrelas do futebol brasileiro da actualidade, estando também em plano de destaque na magnífica carreira internacional do seu clube. Vi-o jogar duas vezes, a última das quais frente ao São Paulo, mas durante esses jogos lembrei-me várias vezes de…Roger. De técnica muito evoluída, tenho algumas dúvidas que se adapte rapidamente ao futebol europeu, onde não lhe basta esperar que a bola lhe vá ter aos pés. Ainda assim é jovem, tendo por isso margem para evoluir. Se olharmos para Diego percebe-se como. Será todavia um jogador bastante caro.

RENATO AUGUSTO (Flamengo) – Outro craque brasileiro, este ainda mais jovem (20 anos) e mais corpulento (1,85m). É pretendido por diversos clubes europeus, e dificilmente o Benfica se conseguirá chegar à frente. Seria uma aposta no futuro, seguramente com vista a uma posterior mais valia, bem ao gosto de Domingos Soares de Oliveira. Nunca o vi jogar.

NICOLAE DICA (Steaua de Bucareste) – Vai estar no Europeu, onde haverá oportunidade de perceber o quanto efectivamente vale. Não terá certamente a classe de um Hagi, mas talvez também não seja um Panduru – julgo tratar-se de um jogador mais combativo e com maior sentido colectivo. Está familiarizado com as provas europeias, tendo jogado Liga dos Campeões e Taça Uefa pelo seu clube. É relativamente barato (cinco ou seis milhões de euros), e poderá ser uma alternativa caso os principais nomes desta lista se revelem inacessíveis.

LUÍS GARCIA (Atl. Madrid) – E outro dos nomes referidos como fazendo parte de uma eventual lista de dispensas do Atlético de Madrid. É um excelente jogador que ainda há duas épocas era titular do Liverpool, e mesmo nesta última temporada foi presença assídua no lote dos jogadores utilizados pelo seu treinador. É um internacional espanhol bastante experiente. Não sei porque motivo poderá ele ser dispensado, mas a sê-lo, é sem dúvida um nome a explorar. O seu salário não deve todavia ser muito baixo.

RUBEN AMORIM (Belenenses) – Este já está garantido, e é uma boa opção para preparar uma anunciada quebra de Petit. Ainda é jovem, tem margem de progressão, e é mais um dos que fez a formação de base no clube da Luz. Provavelmente também mais um dos que nunca deveria ter saido.

HASSAN YEBDA (Le Mans) – As últimas notícias dão-no como certo. Nunca tinha ouvido falar dele até há uma semana atrás. Agora apenas sei que é francês, mede 1,87m, joga no meio-campo, tem 24 anos e fez 23 jogos marcando três golos na última liga francesa. Quique Flores já avalizou a sua contratação, o que não é mau sinal.

ZOLTAN GERA (West Bromwich) – É médio direito, internacional húngaro e tem 29 anos. Diz-se que é pretendido pelo Manchester City, mas uma análise à sua última temporada mostra que apenas fez três jogos completos, actuando na segunda divisão inglesa. Não sei francamente porque se fala dele para o Benfica - deve seguramente haver jogadores mais apelativos na Liga Portuguesa.

Avançados:

DJALMA (Marítimo) – Assegurando a continuidade de Cardozo, Nuno Gomes, Makukula, Di Maria, Adu e Mantorras, não se poderá dizer que o Benfica tenha problema de carência de jogadores na frente de ataque. Os nomes falados são jogadores para uma segunda linha de opção ou eventual empréstimo. Djalma é um deles. Só por sete vezes foi titular na última época, e não me lembro de ter dado muito nas vistas. É jovem e filho de um ex-jogador do Benfica (Abel Campos).

WESLEY (Paços de Ferreira) – Este sim, deu nas vistas. Foi o melhor jogador e melhor marcador do Paços de Ferreira, dando com a sua entrada, já com o campeonato a decorrer, um impulso importante à equipa, não suficiente contudo para evitar a descida de divisão. Mesmo com pouco mais que metade dos jogos, e mesmo num clube do fim da tabela, acabou por ser um dos melhores marcadores da Liga (10 golos em 18 jogos). Já no Penafiel tinha feito uma carreira bastante interessante e produtiva, que lhe valeu uma transferência para o futebol espanhol, concretamente para o Alavés. É experiente, pode jogar no meio-campo como playmaker, ou num dos lugares do ataque, e é especialista em lances de bola parada. Estando livre, pode ser uma boa (e barata) alternativa para o plantel do Benfica.

RAFIK DJEBBOUR (Panionios) – Ponta de lança franco-argelino de 24 anos, fez uma boa campanha no campeonato grego, e marcou um golo na Taça Uefa. Tal como Yebda é proveniente da conceituada escola do Auxerre, e provavelmente terá o mesmo empresário. Não sei muito mais sobre ele.

YOAN GOUFFRAN (Caen) - Avançado móvel, joga preferencialmente pelo lado direito, e marcou 10 golos em 36 jogos da Liga Francesa. Tem 22 anos e mede 1,75m. É internacional sub-21 pela França.

JOSÉ ANTÓNIO REYES (Atl. Madrid) - Extremo veloz e tecnicista. Apesar dos seus 24 anos, tem já longa experiência em grandes clubes como Arsenal e Real Madrid, depois de se ter iniciado em Sevilha. Há dois/três anos atrás era um dos valores emergentes do futebol espanhol, e parecia fadado para uma carreira internacional de grande nível. No Real Madrid, talvez por nunca se ter afirmado como titular, acabou por regredir (apesar de ter marcado o golo do título na época passada), e agora no Atlético, tapado por Simão, também não tem sido feliz, vendo-se na dificil situação de dispensável. Temo que o seu perfil psicológico não tenha acompanhado a sua evolução técnica, e como tal seria uma aposta de risco, até porque o salário que certamente aufere é bem alto.

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E já agora, em adenda, deixo um hipotético plantel englobando algumas das figuras acima referidas:
GUARDA-REDES - Quim, Moreira e Bruno Costa DEFESAS - Marco Caneira, Luisão, Ricardo Rocha, Léo, João Pereira, David Luíz, José Castro, Jorge Ribeiro e Miguel Vítor MÉDIOS - Petit, Tiago, Carlos Martins, Ruben Amorim, Tiago Gomes, Nuno Assis e André Carvalhas AVANÇADOS - Nuno Gomes, Cardozo, Makukula, Di Maria, Fábio Coentrão e David Simão
25 jogadores, 20 dos quais portugueses (80%), 9 dos quais formados no clube (36%).
Talvez fosse um bom principio para um Benfica à altura da sua história.