UM NÃO CASO

Onzes iniciais na última jornada:

INTER - Júlio César (BRASIL), Maicon (BRASIL), Córdoba (COLOMBIA), Samuel (ARGENTINA), Maxwell (BRASIL), Zanetti (ARGENTINA), Muntari (GANA), Cambiasso (ARGENTINA), Stankovic (SÉRVIA), Ibrahimovic (SUÉCIA) e Obinna (NIGÉRIA)

ARSENAL - Almunia (ESPANHA), Clichy (FRANÇA), Djourou (SUÍÇA), Gallas (FRANÇA), Sagna (FRANÇA), Denilson (BRASIL), Diaby (FRANÇA), Fabregas (ESPANHA), Song (CAMARÕES), Adebayor (TOGO) e Van Persie (HOLANDA)

São estes os exemplos de duas das mais fortes equipas europeias, que com uma ou duas variações se repetem em quase todos os outros emblemas de topo. São estes os sinais dos tempos.
Seria bonito que o Benfica tivesse mais portugueses. Que fosse a base da selecção nacional (à qual chegou a dar 10 dos 11 titulares). Mas não é a nacionalidade dos jogadores que hoje em dia define a alma e a identidade dos clubes, num futebol (e num mundo) altamente globalizado e mercantilizado.
Não esqueçamos contudo que o Benfica tem, ainda assim, mais internacionais portugueses no seu plantel que o F.C.Porto.

11 comentários:

Anónimo disse...

o facto de alguns clubes avançarem neste sentido nao quer dizer que assim terá de ser....
aliás, até julgo que serão, dos clubes de topo dos respectivos paises, dos que menos investem na formação nacional...milan, roma, juventus por norma têm muitos mais italianos "a bordo"...manchester, liverpool (este cada vez menos infelizmente, desde a chegada do benitez...)igualmente..gosto muito da politica de formaçao francesa (por imposiçao legal, se nao me engano...)!

eu pessoalmente não gosto nada deste tipo de politica...o resultado, na minha opinião, espelha-se bem na selecção nacional inglesa..grandes clubes, cheios de vedetas internacionais, resultados e tal...tem selecção que não joga nadinha e vive, precisamente, à sombra da fama dos clubes..a ultima selecção inglesa que jogou bom futebol foi treinada pelo Sir Bobby Robson, no Italia 90, com os jogadores de topo da selecçao a serem os jogadores de topo dos clubes..penso que o waddle, na altura no marselha, era excepção..

e ja agora, uma pergunta..o que é que hoje define a identidade dos clubes?

saudaçoes benfiquistas

M.

angelodias disse...

Não concordo consigo LF. Os clubes portugueses não geram receitas ao ponto de fazer o mesmo que esses clubes que invocas. E a identidade de um clube passa muito pelos jogadores formados no clube ou que estejam muito tempo nesse mesmo clube, mas que realmente aprendam a gostar do clube. Acha que o às vezes capitão do benfica Katsouranis dá identidade ao Clube? Está cá há três anos e de português só sabe dizer bom dia e obrigado...

Depois acontecem coisas destas: Situação no balneário do benfica: oh Pesaresi não jogas nada!!Risada geral...
Resposta do Pesaresi- Mas são 14 mil contos ao fim do mês e o resto que se lixe...

Vitor Esteves disse...

Não concordo, os sinais dos tempos são de facto esses mas não quer dizer que tenhamos de os seguir.
Aliás se olharmos bem para o nosso plantel há jogadores estrangeiros que não acrescentam nada em relação a valores portugueses a evoluir nos relvados nacionais. O problema é que as contratações internas são mais fisc(o)alizáveis ......

LF disse...

É claro que isto não é nada bom para a selecção nacional.
Eu falei apenas numa perspectiva clubista.

Também não disse que era uma situação que me satisfizesse particularmente. Simplesmente não a dramatizo e encaro-a com naturalidade.

Há também que desmistificar as virtudes da formação. Não é politicamente correcto, mas há que dizer que nenhum clube eminentemente formador é também frerquentemente ganhador.
Veja-se o Ajax superado pelo PSV desde há muito, veja-se o Auxerre, que assim de repente nem sei se está na primeira divisão, e mesmo o Sporting, que nos últimos 25 anos foi campeão duas vezes.

A formação é muito boa para os jovens jogadores, para o futebol português e para a selecção. É também muito importante a nível económico-financeiro, quando dela se conseguem mais-valias com a transferência de um ou outro craque, mas em termos desportivos, para se ser campeão, tem uma importância muito relativa.

Quanto à identidade dos clubes ela consegue-se com os jogadores a permanecerem algum tempo nas equipas. Exemplos, Luisão no Benfica, Polga e Liedson no Sporting, Lucho e Lisandro no Porto. Todos eles incorporam e personificam a identidade dos clubes, são símbolos, nalguns casos mesmo capitães. Nenhum é português.

Por fim gostaria também de deixar a reflexão sobre o motivo pelo qual os jogadores portugueses da Liga Portuguesa ficam bem mais caros aos grandes clubes do que brasileiros ou argentinos de qualidade semelhante.

Ricardo Campos disse...

quero relmebrar o LF que o benfica possui mais jogdores estrangeiros no seu plantel do que o FC PORTO.
no que diz respeito a internacionais, tenho a ideia que todos os atletas Portugueses do FC PORTO são ou forma internacionais por algum escalão senior(sub 21 ou AA).
Agora o benfica andava a apregoar que queria ter a espinha dorsal da selecção nacional e consegue entrar em campo só com um Portugues e chega ao cumulo de não ter nenhum jogador luso em campo... faz-me lembrar o adagio popular, olha para o que eu digo e não olhes para o que eu faço.

Peter disse...

Ó Aurélio quem apregoou isso foi o Vale & Azevedo. De facto fico triste por termos poucos portugueses no entanto sejamos realistas,os bons jogadores portugueses querem é jogar em Espanha,Itália e Inglaterra. E Portugal não é propriamente a Argentina nem o Brasil que exporta todos os anos bons jogadores mas que arranjam logo substitutos nas respectivas canteras. Se o Sporting é de facto 1 exemplo na formação não é isso que tem lhe trazido títulos. Aliás foi preciso o tempo das vacas gordas acabar e o clube estar practicamente falido para essa aposta ser em força. Porque já antes o Sporting formava excelentes jogadores e não os aproveitava.lembram-se do Futre? Mas acho sinceramente que o Benfica tem que voltar a ser a melhor escola de formação do país,embora seja muito díficil a curto prazo isso acontecer porque durante os consulados de Damásio,Vale & ..., e até mesmo até 1 certa altura do LFV enormes erros foram cometidos que abalaram as estruturas da formação.

jfk disse...

Nem sempre os sinais dos tempos são positivos ou sinónimo de que se deva ir atrás da tendência.

Resta saber como vão estar daqui por 5 anos os clubes que controem autenticas mantas de retalho em Nacionalidades na constituição dos seus grupos de trabalho.

No entanto concordo que o mundo é cada vez mais global e isso reflete-se em todos os sectores.

Importamos muitos jogadores mas por outro lado os jogadores (e treinadores) Portugueses estão hoje espalhados por toda a parte.

O que mais estranho é a contratação de jovens estrangeiros para os escalões de formação.

Aqui penso que deverá haver um controlo limitativo bastante apertado.

Anónimo disse...

acho que algumas pessoas estao a confudir o texto. Nao esta em causa aqui a boa ou ma politica de alinhar com estrangeiros, mas sim a aparente tentativa de criar um caso por parte de alguma comunicacao social acerca do Benfica ter estado uns minutos em campo sem nenhum Portugues!!!

LF disse...

Carv6441,

A sua interpretação é correctíssima.
Era esse de facto o objectivo do post.

São todavia os leitores que conduzem os comentários para onde pretendem. E a discussão sobre as vantagens e desvantagens, perigos ou imposições de ter tantos estrangeiros na equipa tem também bastante interesse e oportunidade.

angelodias disse...

Caso? Agora todas as noticias sobre o Benfica são um caso? Falou-se nisso como se falaria se acontecesse com o Porto ou Sporting. 6 milhões e são tão perseguidos...Um vez tem piada mas já andam a cair no exagero...

Anónimo disse...

eu ia jurar que tinha sido o dos pneus a dizer que queria que o benfica fosse a espinha dorsal da seleçao.