TERRA PROMETIDA


17 anos depois, o Benfica está de novo numas meias-finais europeias.

A ocasião é histórica, e a carreira de outros clubes portugueses não pode menorizar, de modo algum, aquilo que esta meia-final significa para o Benfica. Independentemente do que façam FC Porto e Sp.Braga, o percurso dos encarnados até agora já terá de ser considerado bom, poderá ser excelente caso consiga o acesso à final, e maravilhoso se vier a erguer o troféu.

Meias-finais europeias não se disputam todos os dias, nem todos os anos, nem todas as décadas. De 1972 a 1981, nem uma. De 1994 até hoje, também zero. O Sporting só disputou quatro em todo o seu historial, o FC Porto apenas cinco, e o Sp.Braga está agora a estrear-se. Só uma grande falta de cultura desportiva poderá negligenciar estes factos. Aconteça o que acontecer, vai pois escrever-se história na Luz.

Lamentavelmente, esta meia-final apanha o Benfica num dos momentos mais delicados da época. Os défices de confiança resultantes da eliminatória da Taça, e a onda de lesões que aflige o plantel, são motivos para temer o pior. Paralelamente, o Sp.Braga apresenta-se com grande fulgor, cavalgando uma sequência de excelentes resultados, abrilhantados com óptimas exibições.

A experiência internacional do Benfica, e o conhecimento que Jorge Jesus tem da equipa minhota, podem ser armas importantes. Mas se tivesse de atribuir favoritismo a esta eliminatória, dá-lo-ia, ainda que ligeiramente, à equipa de Domingos Paciência.

No Dragão, o FC Porto é claramente favorito, pelo que se antevê uma final 100% portuguesa. Será que a UEFA prefere o mediatismo de um Benfica-FC Porto? Ou privilegia os aspectos de segurança, e gostaria mais de ter um Sp.Braga-FC Porto? Essa opção pode pesar no subconsciente de muita gente, a começar pelo quase desconhecido árbitro escocês.

É altura de começar a roer as unhas, e sentir o nervoso miudinho dos grandes jogos. 1-0 bastaria para eu sair do estádio muito feliz. Mas até um 0-0 pode não ser mau de todo, se tivermos em conta que, com esse resultado, nenhum empate eliminaria o Benfica na segunda-mão. A equipa encarnada deve contudo entrar em campo preparada para todas as circunstâncias do jogo, entre as quais, obviamente, a eventualidade de sofrer um golo. Ir para Braga em desvantagem é que pode ser bastante perigoso.

Equipa provável: Roberto, Maxi Pereira, Luisão, Jardel, Fábio Coentrão, Javi Garcia, Carlos Martins, Aimar, Gaitán, Saviola e Cardozo.
…e que Deus os ajude!


PS: O desejo desportivo que eu pedi para 2011 era, como aqui recordo, a presença na final de Dublin. Está a dois passos de se concretizar.

3 comentários:

Peter disse...

Acho que o braga é um adversário perfeitamente ao alcance do Benfica,o Benfica tem é que ser humilde e organizado e não peneirento, o braga já veio 2 vezes esta época há luz e perdeu e no máximo dos 2 jogos se rematou 5 vezes á baliza do Benfica foi muito. Estão moralizados? Ainda bem pode ser que essa confiança a mais lhes saia pela culatra.Agora só um aparte sobre a outra meia-final, o villareal seus jogadores e treinadores puseram o fcp nos píncaros, o fcp que gosta de se fazer de vítima e de desrespeitado pelos adversários para se motivar não está a encaixar bem a coisa, e as declarações do falcão e do villas-boas são bem sintomáticas disso, vamos lá a ver se alguém esteve atento a isto e retira as devidas ilacções, com isto não quero dizer que o villareal elimine o fcp de todo, mas é isto que deve-se fazer por a pressão em cima deles, e pelas reacções já se denota algum desconforto.

BoyGenius disse...

FORÇA RAPAZES!!!!!!!

Vitória do Benfica disse...

Não foi mau. Pareceu-me uma meia final equilibrada esta do Benfica. Ao contrário da outra onde houve um desiquilibrio enorme. è dificil aceitar como é que em duas provas( Champions e liga Europa) tr~es jogos são ganhos por 2 golos (Manchester, Barcelona Benfica) e o Porto a perder por um zero ao intervalo faz cinco golos na segunda parte ou são realmente excepcionais ou Falcão faz-me vir à memória aquele rapaz que é responsável pela Qualidade dos laboratórios acreditados pela UEFA que diz "há muito coisa sem limite de detecção"