NÚMEROS ESMAGADORES

Listas de Melhores Marcadores da Liga Portuguesa, de 2007/08 até agora:
2007/08: 1º LISANDRO 24; 2º Cardozo 13; 3º Weldon 12
2008/09: 1º NENE 20; 2º Cardozo 17; 3º Liedson 17
2009/10: 1º CARDOZO 26; 2º Falcao 25; 3º Liedson 13
2010/11: 1º HULK 23; 2º Falcao 16; 3º Cardozo 12
2011/12: 1º CARDOZO 20; 2º Lima 20; 3º Hulk 16
2012/13: 1º CARDOZO 4; 2º Rodrigo 3; 3º Jackson 3

Total de golos de Cardozo no Campeonato pelo Benfica: 92
Total de golos de Cardozo em Jogos oficiais pelo Benfica: 133
Total de golos de Cardozo, incluindo amigáveis, pelo Benfica: 163

Melhores goleadores do Benfica no sec.XXI
CARDOZO 133
2º Simão Sabrosa 96
3º Nuno Gomes 90
Melhores goleadores do Benfica (média por temporada) de sempre:
1º EUSÉBIO 31,5/época
2º José Águas 29,0/época
Cardozo 22,2/época
4º Julinho 20,2/época
5º Nené 19,9/época

Quem faria melhor?
Como é possível assobiar um jogador com estes números?!?

XISTRA, 2 - BENFICA, 2

"À quarta jornada, está encontrado o árbitro que vai ser homenageado por Lourenço Pinto no próximo ano" JOÃO GOBERN na RTP.
Eu não diria melhor. Uma arbitragem desastrada retirou o Benfica da liderança. De resto, vi uma exibição bem agradável da equipa, com muitas oportunidades criadas, duas concretizadas, e um domínio total do jogo. Mas contra o factor X (de Xistra) é muito difícil ganhar.

POSITIVO

Dadas as circunstâncias em que o Benfica partiu para Glasgow, tanto a exibição, como o resultado, são de enaltecer. Foi, afinal de contas, a primeira vez na história que o clube não saiu derrotado do Celtic Park. Além de que, começar a poule empatando no terreno de um dos adversários directos, não é coisa de somenos.
Podia ter vencido? Sim. Mas no futebol, como na vida, o bom é inimigo do óptimo. Um maior risco ofensivo, na fase derradeira da partida, poderia ter ditado uma indigesta derrota – sobretudo sabendo-se das limitações com que a equipa se apresentava do meio-campo para trás. Não tenho muitas dúvidas que o Benfica teria mais a perder com uma maior abertura táctica da partida, pois jogava fora, e o resultado era-lhe (e foi-lhe) muito mais favorável do que ao seu opositor.
O jogo não começou bem, mas pode dizer-se que, pouco a pouco, o Benfica se foi adaptando a ele. Não era ocasião para requintes, e foi de fato-macaco que a equipa acabou por impor-se, alcançando os objectivos mínimos, podendo dizer-se que até ficou mais perto da vitória do que da derrota.
Em termos individuais há que destacar as prestações de Jardel, Garay e Enzo Perez, embora Melgarejo também tenha deixado indicações de rápido crescimento enquanto dono da ala esquerda da defesa.
O árbitro não deixou que se desse por ele.
Em suma, mesmo não tendo assistido a um grande jogo, mesmo não tendo visto qualquer golo, posso dizer que fiquei satisfeito com o que se passou. Com o Barcelona será para...ver Messi. A luta pelo apuramento segue em Moscovo.

INVENTANDO O MENOS POSSÍVEL

Artur;
Miguel Vítor, Jardel, Garay, Melgarejo;
Matic, Salvio, Aimar, Enzo Perez;
Rodrigo e Cardozo.

COISAS DA VIDA

E o que foi de borla (Saviola), deu bailinho ao dos 40, perdão, 60 milhões (Hulk).

ESPERTEZA SALOIA

Primeiro lança-se um simulacro de castigo a Jesus, num timing estapafúrdio, com uma ridícula declaração de vencido , para "indignar" as vozes do anti-benfiquismo, e preencher o espaço público com frenéticas acusações de favorecimento.

Depois, com o caldo bem quente, castiga-se à séria, de forma injusta, na sala ao lado, um jogador imprescindível, para "compensar" uma balança minada.

Quem não os conheça que os compre. E quem acredita (ou acreditou) neles, que acorde.

A mim, resta-me apenas o consolo de não me deixar enganar. Com 43 anos, de chico-espertismo já levei a minha dose. E também li Maquiavel.

UM CLUBE DIFERENTE...

Dinheiro depositado na conta de um árbitro.




Fraude fiscal na compra de um jogador.

...E EM JANEIRO

...fazendo regressar Airton, concretizando o empréstimo de Sílvio, vendendo Gaitán ao melhor preço (15 M, neste momento, já seria aceitável), e cedendo Ola John para rodar noutro clube, o Benfica poderia ficar com um plantel muito mais equilibrado, sem gastar um cêntimo, e ainda embolsando mais uns milhõezitos. Qualquer coisa como isto:
GUARDA-REDES - Artur, Paulo Lopes e Mika
DEFESAS - Maxi Pereira, Luisão, Garay, Melgarejo, Sílvio, Jardel, Miguel Vítor e Luisinho
MÉDIOS - Matic, Airton, Salvio, Enzo Perez, Aimar, Carlos Martins, Nolito e Bruno César
AVANÇADOS - Cardozo, Rodrigo e Lima
Até lá, rezar para que ninguém se lesione, e perder o menor número de pontos possível.

O NOVO BENFICA



O LOUCO MERCADO

Depois de um saboroso período de férias, VEDETA DA BOLA volta hoje ao seu convívio.
Devo dizer desde já, e por respeito aos leitores, que motivos relacionados com a minha vida profissional vão necessariamente impor, nos próximos tempos, um aligeirar de conteúdos. Não sei ainda de que forma, nem em que medida. Não posso prometer nada. A coisa vai andando assim até ver, e enquanto puder ser.
Mas vamos ao Futebol.
Neste momento impõe-se, claro, um comentário aos surpreendentes (ou talvez não) desenvolvimentos do mercado de transferências. Como as situações são diferentes, aqui vai uma breve análise, também ela segmentada:
JAVI GARCIA - Quando um jogador chega por 7 milhões, e sai por 20, estamos sempre perante um bom negócio. Sobretudo em tempos de crise, quando o crédito é difícil (ou impossível), e quando, em função dessa mesma crise, as receitas correntes vão minguando a todos os níveis (patrocínios, quotizações, bilheteira, merchandising, etc).
Acresce que, no momento em que Javi é negociado, há a perspectiva de manter Witsel (já lá vamos). Tratando-se do último dia da janela de transferências (arrastamento levado ao limite pelo comprador no sentido de diminuir os argumentos negociais do vendedor), as hipóteses de recrutar mais alguém credível para o meio-campo não eram muitas. O jogador, claro, queria sair, pelo que pouco ou nada havia a fazer senão aceitar os desígnios do destino…e o dinheiro. É assim o futebol moderno, gostemos ou não dele.
Javi tinha um peso enorme nos equilíbrios da equipa. Vai deixar saudades. Mas nem eu perdoaria aos dirigentes do Benfica se, no contexto daquele momento, deitassem fora mais de vinte milhões de euros, mantendo um jogador certamente contrariado e pouco motivado para render a top. Há comboios que não passam duas vezes no mesmo sítio. Este poderia ser um deles.
WITSEL – Se nada havia a fazer para segurar Javi, que dizer do belga, cuja cláusula de rescisão foi accionada, sem que o Benfica, aparentemente, tivesse voto na matéria.
40 milhões são um autêntico jackpot para os cofres da Luz, fazendo do investimento de 6,5 milhões, de há um ano, uma simples bagatela. O problema da saída de Witsel foi…a saída de Javi. E, sobretudo, o timing de ambas, esburacando o coração da equipa, sem tempo para reagir no mercado.
Ao contrário de Javi (do qual, confesso, não conhecia qualquer sinal de saída), creio que o Benfica deveria estar prevenido para a eventual perda de Witsel, e precisamente para o… Zenit. A sustentar esta tese direi que, por um daqueles acasos da vida, fui neste Verão parar à porta do Estádio do Heysel, no dia de um Bélgica-Holanda de preparação. Não pude ver o jogo, pois tinha comboio para Amesterdão à hora do mesmo. Mas, por entre visitas ao Atomium, e à Mini-Europa, que ficam ali mesmo ao lado, ainda tive oportunidade de conviver com alguns dos muitos adeptos belgas que, vestidos a rigor, com ar festivo, e muita cerveja a circular, aguardavam o derbi da região. O tema de conversa foi, obviamente, Witsel. E enquanto em Lisboa se falava insistentemente de Real Madrid e Milan, os belgas asseguravam-me (estávamos, creio, a 15 de Agosto), que o médio iria para o Zenit. Pensei tratar-se de especulação, mas agora, com o facto consumado, chego à conclusão que era a imprensa portuguesa que andava mal informada. Acredito que o Benfica o não estivesse. Mas acredito também que ninguém, nos corredores da Luz, achasse possível que os russos chegassem tão longe nos números, ao ponto de deixarem sem pio os seus interlocutores do lado de cá. A saída de Witsel foi, pois, também ela uma fatalidade.
…E AGORA? – Agora, não há meias palavras para dizer isto: o meio campo do Benfica ficou decapitado, os equilíbrios do conjunto perderam-se, e a equipa ficou substancialmente mais fraca. Lamento que, perdendo a oportunidade de Sílvio (esta, sinceramente, mais difícil de justificar), deixando Airton no Brasil e Ruben Amorim em Braga, o Benfica não tenha agora, sem custos acrescidos, algumas soluções capazes de disfarçar os seus problemas. Esperemos para ver o que reserva Janeiro, tendo em conta que o Sp.Braga já jogou na Luz, o FC Porto só chega em 2013, havendo apenas nove jogos do Campeonato até ao Natal. Também Sp.Braga e FC Porto perderam os seus melhores jogadores, embora – diferença substancial – não tenham perdido os equilíbrios colectivos. Quem pode lucrar é o Sporting, mas conhecendo-se o que aquela casa gasta, duvido que o venha a fazer. Para já coloco o FC Porto, mesmo sem Hulk, como o grande favorito ao título. O Benfica vai ter de suar as estopinhas, puxar pela prodigiosa imaginação táctica de Jesus, e esperar que a sorte o acompanhe (designadamente afastando lesões), para se manter na luta pelos seus objectivos.
LIMA – Algumas palavras também para a aquisição de um grande jogador. Não sei se o Benfica perderia muito em ter mantido Nélson Oliveira, poupando o dinheiro do bracarense. Mas tendo em conta que, a não vir para a Luz, aterraria muito provavelmente no Dragão, creio que a contratação de Lima se aceita, esperando-se agora que o seu rendimento em campo possa sedimentar essa ideia.
HULK – Por 40 milhões é bem vendido. Era totalmente irrealista esperar que alguém fosse muito mais além disso face a um jogador cujo prestígio que desfruta em Portugal (amplamente justificado, há que o reconhecer) não encontra paralelo noutros quadrantes, a começar pelo próprio Brasil – onde sempre desconfiam de jogadores que não sabem fazer fintas, nem dão toques de calcanhar.
O problema dos números foi contrariarem a palavra de Pinto da Costa, que na véspera havia garantido ter recusado 50 milhões (uma mentira em que o bom senso não deixaria quase ninguém acreditar). Mas palavra é coisa que, em Pinto da Costa, tem um valor sempre muito relativo.