OLHAR PARA A FRENTE

1.Neste Campeonato, o Benfica perdeu pontos em cinco jogos. Em quatro deles foi claramente prejudicado pela arbitragem.
Deixemos de parte a ainda precoce segunda jornada. Todas as outras,  Marítimo,  Boavista e V.Setúbal – podíamos acrescentar também a eliminação da Taça da Liga -,  ocorreram na sequência de uma inusitada gritaria lançada pelos rivais, à qual respondemos com silêncio. Silêncio facilmente confundido com cumplicidade. Em linguagem popular: deixámos enfiar a carapuça.
Pode entender-se, e até louvar-se, a bondade da estratégia,  mas está claro, neste momento,  que se tratou de um erro.
Que nos sirva de lição.
Jamais nos poderemos deixar colar aos árbitros (ou às instâncias de arbitragem),  pela simples razão de que eles também não podem,  nem querem, colar-se a nós. Nem nós queremos que o façam.
O que temos é de garantir que a pressão de outros quadrantes não surta efeitos, e não condicione comportamentos. Não podemos permitir que o embuste e a mentira vinguem.
Grande parte das decisões dos árbitros são tomadas instintivamente. Ouvindo barulho só de um lado, é humano que se defendam. Daí, na dúvida, não irão marcar penáltis aos 95 minutos,  sabendo que contam com o silêncio dos eventuais lesados.

2. Pode argumentar-se que as últimas exibições não estiveram ao nível a que nos temos habituado. Mas quem, em Portugal, tem jogado melhor futebol do que o Benfica?
Estamos na frente. As horas difíceis são para os verdadeiros Adeptos. Aqueles que choram. Aqueles que sentem cada derrota como uma facada na alma. É desses que a equipa precisa agora. É esse o nosso desafio.

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