TÃO PERTO, TÃO PERTO

Numa jornada extremamente importante, na qual muitos previam que o Benfica vacilasse, foi a nossa equipa que mostrou ter o estofo de que se fazem os campeões.
Outros falharam onde não queriam falhar. Nós entrámos com tudo, frente a um adversário difícil e combativo. Vestimos o fato-macaco, e ganhámos com inteira justiça, dando mais um passo rumo ao ambicionado “Tetra”.
Antes faltavam três finais. Agora pode faltar apenas uma. Foi esse o salto que a noite de Vila do Conde nos permitiu dar. Numa jogada, avançámos duas casas. Não mais que isso.
Estamos numa situação invejável, mas ainda não ganhámos nada.
Sei que é difícil conter as emoções quando se vê o objectivo tão próximo. É como o aluno que estudou, que se preparou bem, que sabe toda a matéria, que é o melhor da turma, mas ainda tem de fazer o exame final – no qual, obviamente, não pode falhar.
Não há, pois, espaço para deslumbramentos ou facilitismos. Se os nossos jogadores entrassem em campo a julgar-se já tetra-campeões, certamente perderiam com um Vitória de Guimarães forte e motivado. Tenho a certeza de que isso não irá acontecer. A concentração vai ser total, o desejo de vencer estará no nível máximo. Teremos de jogar com mesma fibra do Domingo passado para não ter dissabores, e para não carregar uma pressão supletiva para o último jogo - que nos pode custar muito caro, como um passado ainda recente bem demonstrou.
É um lugar na história que está em causa. Há que ser optimista, confiante, mas também prudente.
Depois de muitos “jogos do título”, este sim pode vir a sê-lo. Acredito que vá sê-lo. Terá de ser jogado como tal.

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